Era uma vez uma criança graciosa e meiga, que tinha uma mãe que a amava demais. Quando ela estava com sete meses, a mãe precisava voltar a trabalhar e resolveu colocar a filhota num berçário escolhido a dedo, após uma longa seleção. No primeiro dia a criança ficou muito bem. No segundo, tranquilíssima e no terceiro, jogou-se no colo da professora logo na entrada. A mãe ficou muito segura, vendo que sua cria estava em ótimas mãos e feliz, seguiu sua rotina em paz.
Era uma vez uma criança graciosa e meiga, que tinha uma mãe que a amava demais. Quando ela estava com sete meses, a mãe precisava voltar a trabalhar e resolveu colocar a filhota num berçário escolhido a dedo, após uma longa seleção. No primeiro dia, a criança ficou muito bem. No segundo, tranquilíssima e no terceiro, jogou-se no colo da professora logo na entrada. A mãe não acreditava. Tinha certeza de que sua filha seria daquelas que esperneariam como a suplicar "mamãe, mamãe, volte, não vivo sem você". Mas não, lá estava ela divertindo-se apesar de sua ausência. No carro, ao tentar retomar sua rotina apesar da saudade que esmagava seu coração, sentiu as lágrimas inundarem seu rosto ao pensar em sua filha viajando sozinha, saindo de casa, sendo independente. Aquilo levaria muitos anos, mas o cordão umbilical, gostasse ela ou não, já fora cortado.
Fim. Ou não.
quarta-feira, janeiro 27, 2010
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4 comentários:
Que decisão difícil deixar em berçário, mas faz parte da vida da mulher moderna... E o preço da independência tanto da mãe quanto da filha...
o cordão umbilical corta mas o do coração...nunca!
Nu, conheço várias mães, mas essa que ficou muito segura e seguiu sua rotina em paz ainda não me apresentaram...
siga seu coração...
coloque e tire da escolinha quantas vezes você achar que deve, não tema em seguir sua intuição, mesmo que tenha que abrir mão de conceitos antigos... boa sorte!
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