sábado, novembro 10, 2007

Por uma vida mais fresca!

Passei a semana viajando pelo 'sertão' gaúcho, denominação que criei para a região das missões, que vai de Cruz Alta até a fronteira com a Argentina - uma vasta região com economia baseada na boa vontade de São Pedro, ou seja, na agricultura e cuja a simplicidade das pessoas cativa.

No entanto, como não podia deixar de ser, meu lado cosmopolita e fresco floresceu. Desculpe, mas que atire o primeiro rímel quem nunca teve ataques deste tipo.
Durante minha adolecência resolvi que seria hippie, mas apenas enquanto isto significava usar saias indianas e aneis da feirinha do Guarujá. Nada mais que isso. Quando percebi que estava mais para chique que para hippie, assumi minha verdadeira essência: a fresca!

E esta semana senti falta de frescurices e detalhes. Senti falta de andar descalça sem nojo, de não ter que pensar onde apoiar o sabonete, de não ter que recusar uma cuia de chimarrão que já passou pela boca de dez desconhecidos, de comer sem nojo, de comer sem ninguém fazendo ruídos esquisitos, de wireless, de café espresso, de esfoliantes e óleos, de não cheirar a churrasco, de talheres limpos. Basicamente, de viver na minha bolha.

Mas enfim, nada muda. As viagens continuam, as pessoas queridas do interior continuam, as novas experiências continuam.
Mas acima de tudo, minhas infinitas frescuras continuam. Ah, continuam!

Um comentário:

Anônimo disse...

Que delicia! são essas frescurites que nos completam e nos fazem felizes. São frescuras, mas são importantes... curta-as.