O triunfo da prataria

E não é que o primeiro jantar chic da vida de casada ocorre justamente quando estou grávida? Explico: diz a lenda que mulher grávida perde a mão na cozinha, teoria completamente confirmada na prática. Talvez porque ter perdido um pouco (muito) o paladar e ter vontade de passar o dia comendo amoras e framboesas, um assado vem correndo um sério risco de tornar-se uma verdadeira catastrofe nas minhas mãos.

Mas os convidados eram ilustres colegas de marido, profissionais respeitados e não dava para usar o modo informalmente prático adotado para amigos. Pois eis que recorri - com relutância - ao esquema 'tudo pronto'. As massas deliciosas foram do Pastificio Italiano (dica da minha amiga prática, a Má) e o molho de funghi do file mignon, da Uncle Beans.

Como seria muito doloroso não servir nadica que eu tivesse feito, preparei uma cheesecake (com calda de morango) e um mousse de chocolate. E pasmem, ficaram deliciosos, o que talvez confira certo descredito à teoria do início do post.

Mas quem ficou saltitante mesmo com a situação, foi a prataria, que já acreditava-se fadada ao ostracismo da despensa. Pois sairam brilhantes e majestosas para a mesa, para orgulho de mamãe e vovó que tanto lutaram por elas cinco anos atrás.



E no final das contas, com a ajuda da praticidade da vida moderna e um toque do meu nem-tão-adormecido-assim lado amélia, o jantar foi um sucesso. Ufa!