Love songs are back again

É... o momento saudosista 'love songs are back again' fez sucesso aqui no mundo virtual. A Mi também acabou aderindo e a Lú fez o fantástico comentário relembrando as noites adolescentes pensando nos eternos amores que, como ela bem colocou "de eternos thanks god não tinham nada".

Agora isso é fato, apesar de ridículo. Eu já fui perdidamente apaixonada por uma série de "homens" (leia-se, meninos) e achei que fosse morrer de amor por eles. O detalhe, é que metade nem sabia que eu existia. Mas isso não me impedia de passar dias e dias pensando neles. Sim, porque na adolescência, dias equivalem a anos da vida adulta.

De minhas paixões platônicas já fizeram parte os certinhos, os hippies e skatistas. Os vagais e os CDF´s. E isso aliás, me lembra minha primeira paixão - bem antes da adolescência - quando com sete anos de idade eu casei de véu e grinalda no intervalo do recreio. Teve rabino, convidados e presente de casamento (ganhei um daqueles perfumes verdes de alfazema). Mas meu marido era da turma dos 'vagais' e eu era meiga. Os atritos começaram e os dias de mãos dadas no recreio, troca de olhares enquanto eu "batia" papel de carta e de vantagens no jogo de queimada da educação física ficaram para trás. Meu primeiro casamento durou 2 dias. Uma eternidade quando se está na primeira série.

Depois vieram os dias de adolescência mesmo, de juras de amor imaginárias, de cartinhas trocadas com as amigas sobre o amor platônico de cada uma. Época em que final de semana significava não encontrar o amor da sua vida. Quando férias, como a Mi bem lembrou, era a inevitável ocasião de nos apaixonarmos por alguém: o surfista do Guarujá ou o argentino das férias na Bahia.

Ainda bem que no dia 31 de dezembro de 98 eu subi num ônibus, rumo a uma viagem de final de ano e conheci o verdadeiro amor da minha vida.

Mas a bem da verdade, o queria dela sem essas deliciosas memórias 'love songs are back again', não?