Passamos pela amorosa, pela profissional e pela crise da falta de tempo, dentre outras mais filosóficas. E quando achamos que estamos, enfim, maduras, surge uma nova para dar aquele toque de glamour histérico em nossas vidas.
Minha nova crise é a materna. Não, não estou grávida. Apenas sonhei esta noite que tinha um bebê e esquecia de amamentá-lo. Precisava colocar o despertador para que abandonasse minhas funções workaholic e pudesse alimentar a pequena criatura por 10 minutos.
E o sonho deflagrou a crise. Será que foi meu subconsciente avisando que trabalho tem horário, que stress tem limite e que a ansiedade é apenas uma sensação passageira? Certeza que foi.
Quando éramos pequenas, minha mãe tocava violão para dançarmos, cantava Chico e Nara Leão ("Agora eu era o herói..."), fazia massa de modelar caseira - para brincarmos de misturar corantes - e nos ajudava a criar imãs de geladeira com durepox colorido.
Ela criava a decoração de nossas festas infantis e ficava conosco enquanto brincávamos, de touca, na piscina de plástico do terraço.
Sei que os tempos mudaram. Sei que o papel da mulher é outro e que o "manifesto das pantufas" é apenas um projeto socialista utópico: direitos iguais uma ova!
Sei que não passarei as tardes com meus filhos, preparando lanchinhos de submarino ou bisnaguinhas com requeijão.
Mas apenas quero ter tempo de ser uma boa mãe. E se minha filha tiver algumas lembranças como esta da foto, em que eu, como minha mãe, tenha cuidadosamente colocado a florzinha em seu penteado para que ela saisse linda na foto, já ficarei feliz.

6 comentários:
que fofa e que lindo comentario!
Vc vai arranjar tempo para deixar lembranças nos seus filhos, td é proporcional ao seu tempo...pais são sempre pais e filhos são sempre filhos. Obrigada te amo
caraca como eu tofofinha nessa foto!!
hahahaahha
Nu,
Não se preocupe!
Com a minha "vasta" experiência de 1 ano de maternidade aprendi o seguinte...às vezes você pode passar 24 horas ao lado do seu filho e não estar presente de verdade, o importante é participar efetivamente do momento! Mas não concordo tbm com o clichê da mulher moderna de que o que vale é qualidade e não quantidade, acho que filho precisa de quantidade sim, mas bom senso é tudo....e te garanto que mesmo não podendo trocar todas as fraldas do dia (que tbm enche o saco!)...esses momentos de dedicação que ficam na memória, como tomar banho junto, fazer bolachas, tocar violão, não exigem tanto tempo qto imaginamos e te tenho certeza de que é extremamente possível de conciliar com tooodo o resto! É isso que fica...mas depois dessa filosofia toda, sim, você ficará estérica em alguns momentos e sim, com certeza se sentirá culpada em outros - e depois tudo isso dá direito à muitas risadas! (pronto, valeu por uma sessão de terapia!)
esqueci (depois de tudo!) - tbm canto pro tomy "Joao e Maria" e "A Banda" tbm pq meu pai cantava qdo eu era pequena hahha!
Lú! que fofa! Valeu pela terapia no melhor estilo "vida real". Amei.
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